Desde pequena, o sonho de Dominika Egorova era fazer parte do Bolshoi, o balé mais importante da Rússia. Após ser vítima de uma sabotagem, porém, ela vê sua promissora carreira se encerrar de forma abrupta. Logo em seguida, mais um golpe: a morte inesperada do pai, seu melhor amigo.Desnorteada, Dominika cede à pressão do tio, vice-diretor do serviço secreto da Rússia, o SVR, e entra para a organização. Pouco tempo depois, é mandada à Escola de Pardais, um instituto onde homens e mulheres aprendem técnicas de sedução para fins de espionagem.Em seus primeiros meses como pardal, ela recebe uma importante missão: conquistar o americano Nathaniel Nash, um jovem agente da CIA, responsável por um dos mais influentes informantes russos que a agência já teve. O objetivo é fazê-lo revelar a identidade do traidor, que pertence ao alto escalão do SVR.Logo Dominika e Nate entram num duelo de inteligência e táticas operacionais, apimentado pela atração irresistível que sentem um pelo outro. Skoob
Inicialmente temos que falar da
capa, que achei muito simples, porém muito bela. Vê-se Dominika debaixo de um
guarda-chuva vermelho, solitária e andando em uma ponte completamente
monocromática, efeito proposital combinando com as cores do título do livro. Ou
seja, bem harmonioso e agradável. Páginas amareladas e letras um tanto pequenas, mas nada grave.
A narração em terceira pessoa ás
vezes confunde um pouco o leitor, pois muda de ponto de vista a todo instante e
deve-se prestar bastante atenção sobre quem está se referindo ao narrar um
pensamento, por exemplo.
-Este é o nó prússico dos montanhistas - explicou, depois mostrou a Nate como usar o atrito da laçada para alçar o corpo e escalar o cabo. Com sorte as janelas do segundo andar estariam abertas.
Onde foi que ele aprendeu isso?, perguntou-se Nate, já escalando, e sinalizou pela janela assim que saltou para o lado de dentro.
A divisão dos capítulos a
principio me irritou, a todo final de capitulo encontra-se uma receita
inusitada. Para que? Perguntei-me. Qual a intenção do autor? Mas com o decorrer
da leitura compreende-se que a intenção é clara: ambientar e dar corpo a
história. E nada como uma boa receita para dar cor e aroma a um lugar. Se a
Dominika come Fondue de queijo com os amigos essa receita será a próxima a ser
relatada no final do capítulo. Vemos assim receitas Russas, afegãs, suíças etc.
Sempre de acordo com o momento narrado.
A História nos apresenta primeiramente
o Nathaniel Nash, o Nate, um jovem agente da CIA, e narra um de seus encontros
com um traidor russo no qual ele é operador. Conhecemos assim vários aspectos
do Nate, sempre orgulhoso com seu desempenho na agência, mas que é
temporariamente afastado do seu objetivo devido a uma falha nesse encontro.
Muito emotivo ele se sente humilhado ao ser relocado para a Finlândia, mas
continua trabalhando com afinco para a CIA.
Em um segundo momento conhece-se Dominika.
Desde pequena sonhava em entrar para a elite do balé, porém, sabotada por uma dupla
de bailarinos, desiste do seu sonho, mas não antes de se vingar a altura.
Dominika é uma personagem envolvente e inteligente, e com uma característica
para lá de especial: ela vê a cor da áurea das pessoas. Se a pessoa está
transmitindo inveja ou traição sua áurea estará amarela, se transmite confiança
ou felicidade estará violeta. Assim Dominika vai conhecendo o mundo ao seu redor
através das nuances e cores. Isso a torna uma pessoa muito perceptiva e que não
é enganada facilmente, qualidade valiosa para o serviço secreto da Rússsia, a
SVR.
Dominika não precisava de luz: ondas luminosas de um vermelho escuro pulsavam à sua frente, vindas da música. Nina sabia que sua filha via "suas cores".
Sua maior missão será descobrir o
traidor russo que leva informações para a inteligência americana, a CIA.
Conhece assim o Nate, que a toma como missão também. Ele não sabe dos planos
dela, mas ela também não imagina os dele. Até que a história vira e tudo muda.
Quem será que vai trair quem?
Tem uma parte do livro que
preciso comentar. Em tempos de romances eróticos no auge, vemos uma cena belíssima
de sexo nesse romance. Quase uma descrição de uma obra de arte, enfatizando
mais as sensações dos personagens do que o ato em si. O autor, nesse ponto em
especial, está de parabéns.
...De repente ela sentiu seu corpo se expandir. Uma experiência aflitivamente deliciosa. O luar parecia saltitar sob suas pálpebras fechadas, e só lhe restava esperar que seu corpo frágil e vulnerável não se desmanchasse como uma folha de papel.
Para aquele que curte política e
uma boa dose de investigação esse é O livro. Muito inteligente e sagaz, o
enredo nos captura e vivemos todas as emoções nas quais a Dominika e o Nate são
submetidos. Bastante atual e criativo nas missões, torcemos hora para um, hora
para outro, e hora para os dois. Vale a pena investir na leitura e também
testar as receitas. Confesso que provei A Omelete Perfeita do Gable, e o Fondue
de Queijo do Gable será minha próxima aventura na cozinha.
Jádia Santos
Oi Jádia, tudo bom?
ResponderExcluirNão sou muito fã de política, mas eu adoro uma boa e velha investigação. Adorei essa ideia das receitas no final de cada capítulo, ainda mais que sou aquele tipo de leitora que MORRE de vontade de comer as coisas que os personagens estão comendo. Também achei a capa muito bonita.
Beijos!
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Então Clara, eu acabei fazendo algumas peripécias na cozinha viu??? e não é que são gostosas as receitas... diferentes, mas deliciosas... vale a pena ler e degustar esse livro...
ExcluirQue bom que gostou Van... é importante para mim sua visita... beijoss
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