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[Resenha] Adormecida - Anna Sheehan





| Autora: Anna Sheehan | Selo: Lua de Papel | Páginas: 272 | ISBN: 97885630 66480 | Skoob | Comprar |

Rose Fitzroy esteve dormindo profundamente por décadas. Imersa num sono induzido, esquecida em um porão por mais de 60 anos, a jovem foi tratada como desaparecida enquanto os anos sombrios pairavam sobre o mundo. Despertada como por encanto e descobrindo-se herdeira de uma corporação multimilionária. Rose vai entendendo pouco a pouco, tudo o que aconteceu em sua ausência. Ela descobre que seus pais estão mortos. O rapaz por quem era apaixonada não é mais que uma mera lembrança. A Terra se tornou um lugar estranho e perigoso, especialmente para ela, que terá de assumir seu lugar à frente dos negócios. Desejando adaptar-se à nova realidade, Rose só consegue confiar numa única pessoa estranhamente familiar. Rose até gostaria de deixar o passado para trás, no entanto, ao pressentir o perigo, percebe que precisa enfrentá-lo - ou não haverá futuro.

Adormecida conta a estória da jovem Rosalinda Fitzroy que teve a sua vida mudada radicalmente ao ser acordada por uma possível respiração boca a boca um beijo, 62 anos depois de ter entrado em estase, tendo corpo e mente de uma adolescente de dezessete anos. A estase é como se ela estivesse em coma, ou dormindo, como no conto da Bela Adormecida e ela não envelhece e tudo do que ela precisa para manter seu corpo vivo, a máquina oferece. E no livro fica claro o real intuito dessa máquina.

Imaginem o quão angustiante não deve ser acordar 60 anos depois sem saber o que aconteceu e se deparar com um mundo completamente diferente daquele que você conhecia e que todas as pessoas que você amava morreram. É o que aconteceu com a Rose, encontrada no porão de um edifício residencial por um de seus moradores, o jovem Bren.

Rose se depara com um mundo pós ‘tempos sombrios’, que devastou a Terra, seus pais morreram e ela agora é herdeira de uma empresa multinacional, ou seria interplanetária? Enfim, mas mesmo tecnicamente tendo mais de 60 anos, ela é apenas uma adolescente, pior, uma adolescente deslocada, fora da sua época e que precisa se adaptar urgentemente aos novos hábitos daquela população.

‘’O seu pai sabia o que estava fazendo. (...) Pense sobre isso. Diversificar a empresa de modo que se uma das seções quebre, as outras podem recompensar as perdas. Quer dizer, no começo eles tinham a NeoFusion, mas depois eles simplesmente tinham um dedo em tudo. Selecionaram um grupo de pessoas notáveis para administrar tudo. Essas pessoas compõem a verdadeira nobreza do mundo, escreva as minhas palavras. E que belo legado eles deixaram: a empresa, as colônias, a ComUnidade, a escola de vocês.’’

Rose precisa se integrar, e começar a ter uma vida ‘‘normal’’, ela só poderá assumir os negócios herdados quando for maior de idade e enquanto isso deve frequentar o colégio, mas não é fácil, ela não pode contar com ninguém e a saudade dos entes queridos está sempre ali, presente. Mas Bren acaba se fazendo uma presença quase constante e a ajuda a se enturmar no colégio, despertando nela sentimentos conflituosos e fazendo da sua vida um fardo menos pesado. Assim, com o tempo ela também conta com outro amigo tão importante quanto Bren, o alien Otto. Mas há alguém atrás de Rose, alguém que não quer que ela assuma os negócios da família, alguém que quer vê-la morta e que já tentou assassiná-la e que não medirá esforços para terminar o serviço.

‘’Eu não tinha me dado conta até aquele momento, mas realmente havia criado algo parecido com uma vida. E agora estava preocupada: e se o agressor tivesse a intenção de me fazer perder essa nova vida?’’

Divinamente narrado em primeira pessoa, Adormecida foi inspirado no conto A Bela Adormecida. Mas antes de ser uma história romântica com o garoto que acordou a garota com um beijo, é sobre uma jovem tentando se encontrar, descobrir quem ela é e o que ela quer ser. Os dramas e aflições da protagonista nos são muito bem transmitidos.

No começo Rose parecia ser meio estranha sabe, quieta, passiva, sem nunca exteriorizar o que sentia, e conforme ela amadurece como ser humano (passando de uma garotinha sem graça para uma quase adulta de 17 anos com personalidade), somos capazes de entendê-la e ver tudo o que aconteceu com ela e o que a levou a entrar em estase, e é algo realmente triste e ela percebe que não tem apenas que ficar acordada, ela tem que viver, e é impossível não sentir empatia e pesar por tudo que ela passou.

Conhecemos mais sobre seus pais (se é que eu posso chamar indivíduos como eles de pais), conhecemos, através das lembranças da narradora, o lindo namorado dela, Zavier, a quem ela fora obrigada a largar. Vemos até que ponto a influência de um adulto é refletida e molda as atitudes de uma criança e futuramente, de um adulto. Conhecemos um mundo único, no qual ocorrem experiências genéticas e vemos os resultados que o homem causou na Terra após brincar de ser Deus. O livro é repleto de críticas bem colocadas, de amor, perdas e recomeços.

Comecei a ler Adormecida despretensiosamente e percebi o quão único ele é, para começar ele não é nem um pouco ‘‘água com açúcar’’ como eu havia imaginado; é cheio de reviravoltas eletrizantes, ambientado numa Terra futurística na qual a população é consciente de que há vida em outros planetas e de que a raça humana pode habitá-los e ou visitá-los. É um livro que une ficção científica à distopia e é claro que eu adorei e favoritei o livro.

‘’Também já não existiam mais as multidões de pessoas apressadas; as fumaças venenosas e os sons das guerras de gangues que ecoavam aos ventos; as crianças famintas que se aproximavam da janela quando o trânsito parava, jogando pedrinhas para chamar a atenção; as empresas de segurança particular com suas eletroarmas e escudos protetores letais, que capturavam os mendigos e os empurravam para os becos escuros. Não pude acreditar no que via.’’

Sobre o romance, eu adorei as cenas das memórias da Rose com o Zavier, a forma como a Anna Sheehan as descreveu, parecia que eu estava ali, realmente observando o desenrolar gradativo da relação dos dois. Foi muito bonito. Eu amei esse livro, sério! Emocionei-me muito com ele.

‘’Os banheiros do apartamento eram espaçosos, mas mesmo assim não pareceu ser espaçoso o suficiente para nós dois. Ele estava muito próximo. Eu podia sentir o calor do seu corpo bem perto do meu e aquele maldito perfume sedutor que vinha dele. Entre a estase e as drogas, minhas emoções não estavam funcionando em sua mais plena forma. Eu queria envolvê-lo em meus braços (...) .’’

O final, fiquei de queixo caído com ele e super ansiosa para saber se teria uma continuação. Adormecida tem alguns mistérios e todos são desvendados, só que no final, surgem novos aspectos que nos deixam curiosos, os quais a autora poderia ter deixado para serem desvendados pela nossa imaginação, só que a linda Anna Sheehan irá publicar um segundo volume *-* o qual ela ainda está sendo editado e não tem previsão de lançamento. Mas podem ler sem medo, pois mesmo tendo certas e pouquíssimas questões em aberto, não é nada que impeça você de apreciar esse belo livro.

Achei a capa muito bonita e foi ela que me incentivou a conhecer um pouco mais da obra. Eu imagino essa capa como uma das obras de arte da Rose (sim, ela pinta muitíssimo bem) baseada em um dos seus sonhos estases. A editora fez um bom trabalho com a diagramação da obra, que é um YA (jovem-adulto) e... acho que nem preciso dizer: LEIAM! E depois me digam o que acharam ;) 






[LANÇAMENTOS] Helena de Troia - memórias da mulher mais desejada do mundo - Francesca Petrizzo.


Olá Leitores!
O selo Lua de Papel lança, em junho, Helena de Troia, memórias da mulher mais desejada do mundo, de Francesca Petrizzo.
A autora italiana conta a história de amor que originou uma das mais famosas batalhas do mundo, a Guerra de Troia.







Você já deve ter ouvido falar de Helena de Troia. Ou em livros de história, ou em filmes com galãs hollywoodianos.
Diz a lenda que Helena era uma mulher linda e super desejada pelos poderosos da Grécia Antiga, e foi motivo de briga – uma guerra, pra ser mais realista – entre gregos e troianos (outra expressão que você já deve ter ouvido falar).
Em junho, a editora Lua de Papel lançou o livro “Helena de Troia – Memórias da mulher mais desejada do mundo”, com esta capa sensualíssima que você vê aqui


Fonte: Lua de Papel




                                                Beijos
                                                                   Nita


[RESENHA] Luxúria - Trilogia Luxúria - Livro 01 - Eve Berlin




Sinopse: Quando achava que era hora de parar... Ela então pediu por mais... Quando Dylan Ivory, escritora de romances eróticos, recebe o contato de Alec Walker, nem imagina o quanto esse homem pode mexer com seus pensamentos. Conhecido por ser um famoso dominador em relações sadistas e sadomasoquistas, Alec tenta convencer Dylan de que a melhor forma de se aprofundar no assunto - e então escrever um livro o mais próximo possível da realidade - é viver uma experiência como submissa e sentir na pele a sensação desse tipo de relação. Para Dylan, essa proposta será difícil de ser aceita - uma vez que ela é fanática por ter o controle de tudo em sua vida. Embalados por um misto de prazer e apreensão, o casal se vê em uma situação tentadora enquanto evitam entregarem-se ao sentimento que nasce entre eles.



Quente galera, muito quente esse livro. Os fans de literatura erótica vão gostar. Temos uma história ainda que fraquinha, mas muito bonitinha rs



"-Os melhores acordos são selados com um beijo."


Dylan Ivory (que me parece um nome masculino rs) é uma escritora erótica, o que achei estranho nela foi o fato de ser cheia de pudores e ser um pouco tímida. 

Dylan está escrevendo um novo livro no estilo BDSM: Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo. Porém não é familiarizada com o tema, por isso ela aconselhada por uma mulher que já foi submissa, decide conversar com o dominador famoso por suas habilidades e poderes de sedução Alec Walker.

Alec é um cara muito sedutor, misterioso e que sabe o que quer. Ele diz para Dylan que não da para ela escrever sobre BDSM sem ter vivido isso, que nada do que ele disser vai ser o suficiente para ela entender os sentimentos envolvidos. Por isso sugere que ela viva isso com ele, claro galera, apenas pelo bem da pesquisa kkkk 
Ele não é de fazer tipo e demora muito pouco para perceber o quanto está atraído por Dylan e mesmo não querendo admitir isso tão fácil ele faz tudo para mante-la do seu lado.



-Vou lhe dizer uma coisa, Dylan, e é a pura verdade. Não há como retratar um estilo de vida de forma acurada se você não entrar nele. Tem de experimentá-lo, mergulhar nele. Há muitos componentes - Físicos, psicológicos, emocionais - , e todos sobrepostos. É complexo. Por isso é que nós que praticamos gostamos dessas coisas. A complexidade. A intensidade.


Esse livro não é nenhum clássico, cheio de difíceis linguagens, nem um romance florido do estilo juvenil. Eu diria que ele é bem cru, não temos nenhum grande drama envolvido. Então nada de ler com altas expectativas e depois sair detonando o livro ai galera. Esse é um livro dessa nova onda de literatura erótica. Apesar que não acho que tenha muito a ver com outros livros do gênero como ''50 Tons'' ou ''Toda Sua'', pois tem muito pouca história por trás, o livro se concentra basicamente....na cama kkk

Mas para quem curte o gênero vale a pena conferir, no minimo você pode ter uma leitura de distração, ou quem sabe se apaixonar né? Gosto não se discute =)
Eu gostei, não está entre os dez mais, mas foi bom enquanto durou XD.


"-Vamos ter regras aqui. Uma vez que começarmos, você não falará, a menos que eu lhe faça uma pergunta ou que você precise dizer algo completamente inadiável. E quero dizer com isso que deve ser algo urgente: apenas se seu bem-estar físico ou mental estiver sendo comprometido. Se sentir que está em perigo, de fato. Estar um pouco assustada não é razão suficiente. Eu até espero que você sinta um pouco de medo. Francamente, se isso não acontecer, de alguma forma eu não estarei fazendo direito meu trabalho."



Autora: Eve Berlin
Editora: Lua de Papel
Número de páginas: 256
ISBN: 858178
027x
Ano: 2012



                                    Beijos
                                                Nita



[RESENHA] O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë



 Se o amor dela morresse, eu arrancaria seu coração do peito e  beberia seu sangue...

Sou super fã de um bom romance, sou viciada em lindas e gloriosas histórias de amor, e curto muito um romance de fim trágico. No entanto não consegui gostar dessa história tão famosa e tida como um dos mais belos romances já vistos. Talvez eu não tenha a sensibilidade adequada para apreciar a história, ou tenha lido meio dispersa e por isso não compreendido bem... Ou talvez eu devesse ler mais uma vez para poder senti-la melhor, ou talvez ela seja estranha mesmo rs

 contem spoiler

O Morro dos Ventos Uivantes é uma bela fazenda com um casarão do tipo bem antigo, daqueles que vem sendo passado de geração pra geração, localizada no alto de uma colina, daquele tipo que parece estar no topo do mundo e longe de tudo, nela reside a família Earnshaw ,o senhor da casa pai de Catherine (carinhosamente Cathy) e de Hindley trouxe para casa após uma viagem um jovem rapaz órfão parecido com um cigano (criança ainda tal como seus filhos), e batizou ele de  Heathcliff  (se tornando esse seu nome e sobrenome) nome de seu filho falecido. 
Desde o começo sua filha Cathy e ele se deram muito bem no entanto Hindley o odiou sendo também odiado com a mesma intensidade, com a morte do pai Hindley Heatcliff , proibindo que continuasse a ter aulas, a se vestir bem, fazendo dele seu escravo, mas ele é um cara muito estranho, aguentava tudo sem reclamar mas seus olhos refletiam um brilho quase assassino pra seu opressor, ele e Cathy nutriam um amor maluco, um simplesmente era a metade do outro, eles eram como um só.  Mas Cathy fascinada Sr.Linton e vendo a decadência de seu amor por orgulho, vergonha, vaidade (tudo minha opinião) preferiu o Linton, ao ouvi ela dizer que se Heatcliff não tivesse se rebaixado tanto e tivesse continuado com suas aulas, ela até o escolheria, mas em tais circunstâncias era melhor o Linton.

Assim ela usa ainda o pretexto de Cathy tendo um colapso nervoso e ficando fora de si....após esse período ela se casa com Linton e tem uma vida tranquila, até que seu antigo amigo de infância voltar rico e faz de sua vida um inferno, vivendo por atormenta-la, querendo visita-la desafiando seu marido o que acaba por faze-la ter novamente uma crise e totalmente fora de si. Ela fica doente e acaba por falecer, Heatcliff fica tão obcecado por ela que se casa com sua cunhada (irmã de Linton) e se vinga nela, suas frustrações, acaba por destruir seu irmão conseguindo finalmente para si a posse do Morro e vindo mais tarde a mirar toda sua ira e revolta na filha que Cathy teve com Linton. Seu fim? Estranhamente adoentado, acabando por morrer sabe se Deus por que...

Esse livro é todo narrado por Nelly (uma empregada muito antiga da família) que esta contado a história de Sr.Heatcliff para seu novo inquilino Sr.Lockwood, com o emprego de uma linguagem digna dos clássicos como Orgulho e Preconceito, ele é todo constituindo por uma linguagem antiga e difícil. Por isso quem não esta acostumado com esse tipo de livro ira logo abandona-lo, a história é toda feita envolta do cenário do Morro dos Ventos Uivantes sendo então muito detalhista em paisagens e ambientes, o que para alguns pode acabar tornando a meio lenta. Os diálogos são muito reservados do tipo pouco se diz e muito se pensa, Heatcliff, por exemplo, me ficou um personagem enigmático, pois terminei o livro sem saber se gostava dele ou não, pois o que conheci dele foi através das palavras nada amigáveis de Nelly, ele é um ser estranho, fechado cheio de segredos e do tipo que não guarda raiva, guarda ódio mortal de seus oponentes e tudo faz para destruí-los passando por cima de quem for. Já sua amada Cathy é do tipo bem excêntrica, maluca, inclinada a levar tudo aos extremos, orgulhosa, que conseguiu literalmente morrer de amor! vê se pode...Tenho absoluta certeza do amor que Catherine e Heatcliff nutrem um pelo outro, um amor obsessivo, vingativo, excêntrico.


Que os ira levar a ruína, mas acho que ambos amam de uma forma inconcebível, afinal se Heatcliff amasse mesmo Cathy não teria coragem de fazer tanto mal a filha dela, e se Cathy amasse tanto ele não teria trocado ele por puro orgulho e vaidade. 
É uma história interessante mas o que eu realmente não gostei do livro não foi a forma de linguagem... Por ser tratar de um romance tão triste, com  um casal tão inclinado ao erro a vingança, foi muito difícil não abandonar essa leitura. Achei ele, cansativo, lento. Não me deixou nem um pouco maluca pelo fim, prefiro sem duvidas os amantes que se amam tanto, que preferem ver o ser amado feliz com outro do que triste sozinho (podem me chamar de clichê). 
Acho que esse romance trata da história de um amor mais que desesperado, louco e apaixonado e sim doentio. Quero um dia voltar a ler ele pois quero ver se uma nova leitura futuramente poderá mudar minha maneira de pensar, pois sou apaixonada por clássico e fico até mal de dizer que não gostei de algum, espero vir um dia a mudar de opinião e sentir todo o fervor que os amantes desse livro dizem sentir por ele.

Tem um trecho muito bonito que eu gostei :

   ''Não sei como explicar, mas certamente que tu e todos tem a noção de que existe ou deveria existir, um outro eu para alem de nós próprios. Para que serviria eu ter sido criada, se apenas me resumisse a isto? Os meus grandes desgostos neste mundo foram os desgostos do Heathcliff, e eu acompanhei e senti cada um deles desde o inicio, é ele que me mantem viva. Se tudo mais parecesse e ele ficasse, eu continuaria mesmo assim a existir, e se tudo o mais ficasse e ele fosse aniquilado, o universo se tornaria para mim uma vastidão desconhecida, a que eu não teria a sensação de pertencer'' -Catherine