Quem imaginaria que quatro minutos poderiam mudar a vida de alguém? Mas é exatamente o que acontece com Hadley. Presa no aeroporto de Nova York, esperando outro voo depois de perder o seu, ela conhece Oliver, um britânico fofo que que senta ao seu lado na viagem para Londres. Enquanto conversam sobre tudo, eles provam que o tempo é, sim, muito relativo. Passada em 24 horas, a história de Oliver e Hadley mostra que o amor, diferentemente das bagagens, jamais se extravia.
A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista (eita título grande) tem como protagonista a
americana de 17 anos, Hadley, e é narrado em 3ª pessoa. A história todo se
passa em apenas 24 horas. Tudo começa quando Hadley se atrasa para o voo que a
levará à Londres, para o casamento do pai que ela não vê a mais de um ano, com
uma mulher que na cabeça de Hadley é a madrasta malvada da história da
Cinderela. Só que Hadley se atrasa por 4 minutos, e esses poucos minutos são
decisivos na vida dela e no enredo do livro, pois quando chega ao aeroporto é
informada que o seu avião já decolou e é obrigada a esperar pelo próximo.
Cansada de ficar sentada, ela resolve andar, e é então que um britânico muito
educado se oferece para carregar sua mala (muito fofo *-*) e ela, mesmo desconfiada,
aceita.
Logo em seguida eles começam a
conversar e Hadley começa a sentir algo:
''Talvez seja o sotaque ou a maneira interessada como a olha, mas tem alguma coisa nele que faz com que seu coração acelere, que nem quando leva um susto. Talvez seja isso: a situação toda é muito surpreendente. Ficou tanto tempo preocupada com a viagem que não estava preparada para que alguma coisa acontecesse, alguma coisa inesperada. ''
E que surpresa o leitor tem quando descobre que eles estão no mesmo voo e mais coincidência ainda, estão na mesma fileira, separados apenas por uma poltrona (o que não irá impedi-los de ficarem mais próximos).
Durante o voo vamos conhecendo mais sobre Hadley e seus dramas familiares e um pouquinho mais sobre Oliver – o britânico fofo. A Hadley tem muitos momentos de introspecção e isso nos faz entender um pouco sobre o que ela sente pela família, e mais especificamente pelo pai. Mas gostaria que o livro tivesse focado um pouco mais no Oliver, em seus sentimentos e pensamentos e um pouco
A Hadley está passando por um
momento de descobertas pessoais, ela tem um turbilhão de sentimentos
conflituosos dentro dela, ela ama a mãe, se sente triste e ressentida por ela
ter sido traída pelo pai e de como a família (composta por Hadley e pela mãe)
ficou vivendo depois que ele se foi, está frustrada por ter sido forçada a
fazer algo que ela não queria, no caso, ir ao casamento, mas ela ama o pai e
sente saudades de como eles compunham uma família feliz, sente saudades dos
bons momentos que tiveram, mas tem raiva pelo que ele fez, por não ter
demonstrado um real interesse em resolver a situação e por não ter sido sincero
desde o começo. Ela está muito confusa e é nesse turbilhão que Oliver chega,
ele foi um bote salva-vidas que ajudou a tirar a água emocional que já estava
no pescoço de Hadley. Cada um tinha uma bela carga emocional e passavam por
momentos complicados e delicados, cada um ao seu jeito. Acho que isso fez com
que eles se gostassem mais ainda.
Eu achei o romance entre a Hadley
e o Oliver belo porém muito ralo, eu entendo que eles se apaixonaram e que
tiveram uma conexão emocional muito grande; com ''ralo'' eu quero dizer que foi
muito pouco descrito e o pouco que teve foi muito rápido, entendem? Eu queria e
esperava por mais romance, mais do amor à primeira vista, queria mais Oliver e
menos Hadley se lamuriando internamente, exemplo disso é que só descobrimos o
motivo da viagem de Oliver no final do livro... sinal de que a protagonista só
pensava nela e nos seus mimimis.
O foco central do livro é a relação da
protagonista com o pai e o quanto a distância e o fato dele ter traído a mãe
dela abalou esse relacionamento de companheirismo, e que o romance bonitinho
entre os jovens foi apenas um plano de fundo para que a estória não ficasse
maçante.
A Probabilidade Estatística do
Amor à Primeira Vista é doce e sutil, um romance muito meigo e fofo, e a capa é
uma graça! Mas não é apenas uma estória de amor. É sobre família, perdão,
recomeço, não julgar pela aparência, que coisas boas podem acontecer até nas
piores circunstâncias e que de vez em quando é bom se atrasar por 4 minutos ;)
'' Ela estava quatro minutos atrasada, o que não parece ser muito. É o tempo de um comercial, de um intervalo entre as aulas, de descongelar um prato no micro-ondas. Quatro minutos não é nada. (...) Hadley não acredita em coisas como o acaso ou destino, mas também jamais acreditou na pontualidade das companhias aéreas. ''
É uma leitura super rápida, eu
estava sem tempo e mesmo assim consegui lê-lo em menos de dois dias. Recomendo
o livro para pessoas de qualquer idade, que gostem do gênero Young Adult e de
uma bela e simples estória de amor, e podem julgar o livro pela capa, pois ela
conseguiu transmitir a sua essência.