Você compraria um colar de 30 mil dólares ou será que isso é um luxo reservado para poucas? Este livro narra a história real de 13 mulheres que resolveram embarcar numa experiência e compartilhar um lindo colar de diamantes de 15 quilates. Passando de mão em mão, o colar mudou a rotina das mulheres, renovando relacionamentos, atitudes e perspectivas. A joia trouxe uma lição de amizade e cumplicidade mais valiosa que qualquer diamante. – SKOOB
Quando me deparei com esse livro no site do Submarino em promoção por
apenas R$ 7,92, sinceramente, não dei valor algum. Mas precisava fechar o valor
do pedido e acabei incluindo alguns livros como esse. Ele ficou uns 6 meses
de molho na estante, ainda lacrado. Um dia, numa dessas ressacas de fim de
livro, eu acabei pegando-o e pagando para ver. O resultado foi uma surpresa
para mim que você poderá conferir na resenha a seguir.
A capa é bem bonitinha e atraente, mas certamente não o
comprei por esse motivo, tirando que a capa da edição americana é ainda mais
bacana. São 231 páginas de uma leitura bem fácil em folhas amareladas, detalhe que
eu amo, pois sou míope e assim minha vista não dói e nem se cansa tão rápido.
Os capítulos são distribuídos pela quantidade de mulheres mais um capítulo
final, ou seja, 14 capítulos.
Capa da edição americana
O livro fala de um grupo de mulheres que resolveram se unir
e comprar um colar de Diamantes para compartilhar entre elas. A princípio
parece uma ideia absurda, mas no decorrer da história percebe-se que o colar
era apenas o pretexto para reuniões bem humoradas e motivos bem menos fúteis. O
colar se tornaria assim um elo forte de ligação entre aquelas mulheres e a
descoberta de algo novo em suas vidas, a liberdade.
- Usar o colar quando estou toda arrumada é puro Glamour – diz ela – Usá-lo quando estou de roupa de ginástica toda suada e nada de maquiagem é pura diversão.
Escrito ás vezes em terceira pessoa, outras vezes em primeira
pessoa, com um “Q” de documentário sobre o grupo de mulheres, os capítulos
narram a experiência pessoal de cada uma delas com o colar que batizaram de
Jewelia. Cada mulher teria direito a utilizá-lo como bem entendesse pelo período
de um mês. Cada capítulo, dessa forma, identifica a pessoa que está de posse do
colar e também sua característica marcante.
CAPÍTULO UM
Jonell McLain, a visionária
...Transformando uma ideia em realidade
Jonell McLain inicia a história como a criadora da ideia. Muitos
não deram muito crédito para suas loucuras a princípio, mas aos poucos ela
consegue convencer uma a uma a se unir ao grupo. Por fim vão fazer a tão
esperada compra do colar. Elas conseguem um mega desconto e começa assim uma
história deliciosa de se ler, com toques de intimidade e muitas reviravoltas. O
colar percorre vários e inusitados pescoços enchendo de vida aquela cidade, que
se vê totalmente envolvida no negócio.
“Jewelia se mostrou um ensaio geral para uma vida em comunidade. Se podemos compartilhar um colar, podemos compartilhar um pedaço de terra.”
Claro que ao pensarmos em 13 mulheres e um colar maravilhoso
de diamantes também deveremos imaginar a disputa, desavenças e o ciúme
provocado pela joia. Isso é bem normal, mas elas souberam superar cada
turbulência com muita sabedoria e uma pitada de humor.
(...) Como o personagem Gollum do livro de J. R. R. Tolkien, o Senhor dos Anéis. Na história, Gollum acaba atormentado mental e fisicamente devido ao seu desejo obsessivo pelo Anel, “sua preciosidade”. Patti chamava o colar de “minha lindeza”. Ela chamou a dificuldade que teve de se desfazer da joia de “efeito Gollum”.
Disputas a parte me deparei com muitas lições que deveríamos
ter tatuadas na alma, mas que temos uma dificuldade tremenda de aceitar e
exercitar. Aquelas mulheres me mostraram muito mais do que luxo, e riqueza ao
compartilharem o colar. Fraquezas, defeitos e fragilidades vieram à tona e
foram trabalhados no intimo de cada um.
Certamente um livro que amei ler e sei que sentirei
saudades. Fiquei com um gostinho bom na boca e preciso urgente encontrar outro
tão legal quanto esse. Indico para aqueles que, como eu, gostam de um livro “pé
no chão” para curar certas ressacas literárias que enfrentamos.
A autora Cheryl Jarvis é jornalista e trabalhou como editora
em vários jornais e revistas norte-americanos. Hoje é freelancer e escreve para
publicações como The Wall Street Journal, Chicago Tribune e Cosmopolitan. E sim,
temos uma ótima notícia, esse livro será adaptado para o cinema (ele merece!).
Jádia Santos
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