[Resenha] Rose na Tempestade - Jon Katz


Rose na Tempestade

| Autor: Jon Katz | Selo: NovoConceito | Páginas: 240 | ISBN: 13 9788581632834 | Skoob | Comprar |

Sinopse: No meio de uma terrível nevasca, a cadelinha Rose insiste em dar conta de seu trabalho como pastora enquanto nos deixa a par de suas curiosas reflexões: onde está Katie, que ela nunca mais viu, embora seja capaz de sentir sua presença em todo lugar? Quem será aquele cachorro selvagem que parece seu amigo? Por que Carol, a mula, fica parada mesmo debaixo de toda a neve que cai? E onde foi parar Sam, que sumiu depois daquele barulho todo? Mas Rose não tem muito tempo para suas reflexões divertidas - e às vezes bem corretas. Agora ela deve voltar sua atenção para uma coisa muito mais séria: correr atrás de Sam, tentar encontrá-lo e, quem sabe, salvá-lo. No entanto, alguns perigos podem ser intransponíveis para uma cachorrinha...

Meu primeiro livro onde o personagem principal é uma cachorrinha. Devo dizer que foi diferente, e muito fofo!


"Rose essa pequena cachorra preto e branco, com olhos penetrantes, que se movia com rapidez e confiança."
"Rose nunca fugira, nunca recuara, nunca deixara de fazer seu trabalho."
"Ela era dedicada, séria e inteligente.."

Rose nossa protagonista, não é qualquer cachorro, ela é a guardiã da fazenda de seu dono e amigo Sam. Adotada quando filhote Rose nunca foi tratada como um ursinho, um neném nem nada do tipo. Ela mesma detesta o toque humano, o que ela gosta e compreende é a rotina, o trabalho.
Ajudando Sam nos trabalho da fazenda, cuidando de ovelhas, observando tudo, protegendo os moradores é que Rose é feliz, mas quando a namorada de Sam some e ele começa a se desligar da fazendo a vida dessa cadelinha fica estranha. Mas o problema mesmo é quando Sam desaparece...

Narrado em terceira pessoa, vamos graças ao narrador tendo acesso aos pensamentos de Rose, ai todos imaginam, a cadelinha fala em pensamento, não. O autor se preocupa em todo momento em diferenciar os pensamentos de Rose da fala comum ao ser humano, seus pensamentos são lapsos de compreensão dos fatos, momentos confusos, momentos em que ela tenda compreender o que certos gestos humanos e palavras significam. É muito interessante ver que certo tom na voz para ela significa satisfação do seu dono, ou seja, ela fez seu trabalho bem feito.
Percebe-se o quanto o autor é familiarizado com os animais, não me parece existir fantasia no livro, poderia muito bem ser tudo verdade.
A história é um pouco angustiante, temos um inverno congelante, pessoas desaparecidas, animais em constante perigo, um bando de lobos perigosos. E apenas uma cachorrinha para tentar salvar eles. Aprendemos muito sobre lealdade, companheirismo, amor, respeito...
É um belo livro para pessoas de qualquer idade. Eu meio que fiquei confusa por não estar acostumada a esse tipo de narrativa, no entanto adorei o livro.

Rose possui um mapa em sua mente, isso foi algo completamente diferente e interessante de se ler, tudo que esta na fazenda, os animais, pessoas e sua rotina de trabalho é memorizado, segundo seu mapa, ela segue perfeitamente seus dias. Porém Katie, namorada de Sam sumiu do seu mapa, e agora em meio a tempestade ele também. Tudo que ela conhecia se modifica... Nós leitores sabemos o que aconteceu com Katie, mas Rose não, e ver como ela processa a ausência de uma pessoa, nos faz lembrar casos parecidos que presenciamos. Ver Rose tomar decisões inusitadas, a demonstração de seu raciocínio é muito bem escrita.
Falei sobre os cães selvagens? Tem um em especial nessa matilha, ele possuiu uma ligação com Rose que é bem complexa e interessante de se ler.
Uma parte que me deixou com o coração na mão foi uma luta de Rose! A vontade é entrar no livro e socorrer ela, muito angustiante. 
A diagramação segue bela como sempre, capa com a foto de Rose, detalhes no estilo nevasca, tons de cinza e branco. O livro é bem fininho, então quem não curte longas histórias pode se identificar bem. Letras de bom tamanho.
Recomendo muito esse livro em especial para pessoas que gostem de animais, vai lhes dar uma perspectiva bem diferenciada dele. Eu diria que esse livro agrada gregos e troianos.





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