| Autora: Sophei Kinsella | Selo: Record | Páginas: 514 | ISBN: 9788501076748 | ISBN: Skoob | Comprar |
Meu nome é Samantha Sweet, tenho 29 anos, nunca assei um pão na vida. Não sei pregar botão. O que sei é reestruturar um contrato financeiro e economizar 30 milhões de libras para meu cliente. Samantha Sweet é uma advogada poderosa em Londres. Trabalha dia e noite, não tem vida social e só se preocupa em ser aceita como nova sócia do escritório, Ela está acostumada a trabalhar sob pressão, sentindo a adrenalina correr pelas veias. Até que um dia... comete uma grande mancada. Um erro tão gigantesco que pode destruir sua carreira. Samantha desmorona, foge do escritório, entra no primeiro trem que vê e vai parar no meio do nada. Ao pedir informação em uma linda mansão, é confundida com uma candidata a doméstica e lhe oferecem o emprego. Os patrões não fazem ideia de que contrataram uma advogada formada em Cambridge com QI de 158, e que não tem a menor noção de como ligar um forno! O caos se instala quando Samantha luta com a máquina de lavar... a tábua de passar roupa... e tenta fazer cordon bleu para o jantar... Mas talvez não seja tão incapaz como doméstica quanto imagina. Talvez, com alguma ajuda, ela possa até fingir. Será que seus patrões descobrirão que sua empregada é de fato uma advogada de alto nível? Será que a antiga vida de Samantha irá alcançá-la? E, mesmo se isso acontecer, será que ela vai querer de volta? A história de uma mulher que precisa diminuir o ritmo. Encontrar-se. Apaixonar-se. E descobrir para que serve um ferro de passar...
Primeiramente devo dizer que o que me impulsionou a ler esse livro foi a autora, Sophie Kinsella, eu já conheço a série Os Delírios De Consumo De Becky Bloom e sei que ela tem o dom de escrever ótimos chick-lits e é claro que com Samantha Sweet, A Executiva do Lar não seria diferente, afinal Sophie é sinônimo de boas risadas e diversão garantida e é uma das minhas autoras favoritas de chick-lit.
Samantha Sweet, A Executiva do Lar é narrado em primeira pessoa, tendo como protagonista
Samantha é a definição do que uma pessoa workaholic é, quando tenta
relaxar, inevitavelmente fica estressada e se vê pensando que está perdendo
tempo quando poderia estar se dedicando a algum caso importante. Para vocês
terem uma ideia, no aniversário dela, ela iria jantar com a mãe e o irmão, que também
são viciados em trabalho, eles não puderam comparecer. Samantha passou seu
aniversário sozinha num restaurante com dois telefones na mão, isso mesmo,
dois! Um representado sua mãe e o outro seu irmão. Então imaginem como ela se
sentiu quando percebeu o seu deslize e que aquilo não somente a prejudicaria a
firma, como também a sua carreira estaria na beira do abismo.
Esse erro foi a destruição para Samantha, ela não consegue entender como
foi capaz de cometer um erro de principiante e se sente desesperada. Em estado
de choque, sai vagando pela cidade, entra num trem sem ter noção de para onde
está indo; com tontura e dor de cabeça resolve bater a porta de uma mansão para
pedir água, só que o casal, donos da casa, estavam esperando por uma moça que
seria entrevistada para ser empregada doméstica, podem imaginar a confusão,
não? Samantha está tão desnorteada que não tem forças para corrigir o mal entendido,
achando melhor dormir por ali, apenas por uma noite, e no dia seguinte
esclarecer o ocorrido, afinal ela não tem forças para mais
nada, já teve muito estresse por um dia.
No dia seguinte Samantha resolve ficar e limpar a casa como forma de
agradecer ao casal que a aceitou. Mas Samantha é advogada, não uma doméstica,
ela tinha uma diarista que cuidava do seu apartamento e suas roupas sempre
foram mandadas para a lavanderia, ela não sabe nem acender um fogão. Com essa
desculpa de ficar só mais um dia, Samantha acaba aceitando permanentemente o
trabalho naquela pacata cidade e tendo uma qualidade de vida muito melhor e
mais saudável do que a que tinha em Londres, e claro, se mete em muitas
confusões, pois ela não faz ideia de como deve cuidar de uma casa, mas ela tem
ajuda de um certo jardineiro lindo e maravilhoso, Nathaniel, que logo de cara
percebe que Samantha é uma farsa e recorre a sua mãe para ajuda-la.
Minha vida mudou e estou mudando com ela. É como se a velha Samantha convencional e monocromática tivesse se desbotado até virar uma boneca de papel. Joguei-a na água e ela está se dissolvendo até o nada. E em seu lugar, há uma nova eu. Uma eu com possibilidades. Nunca corri atrás de um homem antes. Mas, afinal, até ontem eu nunca havia assado um frango.
Os patrões da Samantha são ridículos, sério! Trish e Eddie, se amam e isso é inegável, mas eles são muito hilários, como não trabalham, passam muito tempo desocupados. Trish é uma perua que não tem o mínimo de finesse e se acha uma jovenzinha sendo que tem uns cinquenta anos e tenta se encaixar no mundo dos ricos, já o seu marido é o seu capacho, no bom sentido, ele faz tudo o que ela quer, e eles são boas pessoas.
Tenho uma visão súbita do rosto da minha mãe, da expressão que ela faria se soubesse onde estou agora mesmo... se pudesse me ver no uniforme... Ela iria pirar. Quase me sinto tentada a ligar para ela e contar o que estou fazendo. Mas não. E não tenho tempo para pensar nisso. Preciso lavar a roupa.
Samantha não consegue encarar seu passado, o que a trouxe até aquela cidade. O livro é repleto de maus entendidos e cenas hilariantes. O final, nossa, o final é instigante, eu não conseguia largar o livro, quando pensávamos que tudo já estava certo, Kinsella nos surpreende. Só achei que o final foi meio rápido e poderia ter mostrado o que aconteceu com os outros personagens.
Se aprendi uma coisa com tudo o que me aconteceu, é que não existe essa coisa de maior erro da existência. Não existe essa coisa de arruinar a vida. Por acaso a vida é uma coisa muito resistente.
Se você assim como eu gosta de chick-lit, leituras descontraídas, então deve ler Samantha Sweet, A Executiva do Lar, já li muitos chick-lits e para mim Sopie Kinsella é a melhor nesse gênero (ela e a Meg Cabot), a folha e o tamanho da letra tornam a leitura confortável, é um livro que reúne suspense, romance e comédia, não tem como não gostar.
Algumas vezes agente não precisa de um objetivo na vida. (...) Só precisa saber o que fará em seguida.
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