Dan Cereill levou um encontrão da vida: seu pai faliu, assumiu que é gay e separou-se de sua mãe, tudo de uma vez só. Enquanto isso, sua mãe recebeu de herança uma casa tombada pelo patrimônio histórico que cheira a xixi de cachorro, mas que não pode ser reformada... E, agora, Dan está vivendo em uma casa-relíquia que parece um chiqueiro, com uma mãe super triste e sem conseguir falar com o pai — que ele ama muito. Suas únicas distrações são sua vizinha perfeita, Estelle, e uma lista de coisas impossíveis de fazer, como: 1. Beijar a garota. 2. Arrumar um emprego. 3. Dar uma animada na mãe. 4. Tentar não ser um nerd completo. 5. Falar com o pai quando ele liga. 6. Descobrir como ser bom e não sair abandonando os outros por aí... Mas impossível mesmo será: 1. Não torcer para que Dan supere seus problemas. 2. Não rir muito com os devaneios dele. 3. Não querer ter um cachorrinho como Howard. 4. Não desejar que a mãe de Dan encontre a felicidade. 5. Parar de ler este livro. 6. Não querer abraçar o livro depois de tê-lo terminado...
1) Loser, 2) Nerd, 3) Pai gay, 4) Mãe sozinha, com um grande ponto de interrogação no quesito ''estabilidade mental'', 5) Sem dinheiro, 6) Refugiado de escola Particular.
Uma história jovem, divertida,
inteligente e deliciosamente agradável à mente. O que dizer além de que amei?
Nesta história somos apresentados
a um garoto extremamente comum a nossos olhos, magro, cabelo estranho
precisando de um bom corte, sem um estilo de se vestir. Bem típico de um adolescente
tentando se encontrar. Nosso Dan Cerelli é um cara nerd, ou como chamam ‘’loser’’,
mas isso não é um defeito, a não ser que você esteja no colégio...
Dan leva uma vida bem tranquila,
sua família possui um certo dinheiro o que o deixa preocupado apenas com escola
e vídeo game, pelo menos era assim até seu pai anunciar a bomba. Ele está
falido, é gay, e vai deixar sua família!
‘’Gente, por favor, um choque de virar a vida de ponta cabeça por vez, tive vontade de dizer’’
Mas aí vocês pensão que a
história vai se tornar um amontoado de lamúrias de um garoto playboy sofrendo a
perda da grana, certo? Errado.
Mãe e filho se mudam para um
casebre caindo aos pedaços, lotado de coisas velhas empoeiradas das quais eles
não podem se livrar, pois herdaram a ‘’posse’’ não a propriedade que de acordo
com a falecida tia em seu testamento, vai para um museu.
Em uma nova escola, sem o pai,
com uma casa caindo aos pedaços, uma mãe meio perdida e com uma vizinha de
tirar o folego, Dan começa a crescer de verdade.
Narrado em primeira pessoa somos
levados ao teor da história pelos olhos de Dan, um garoto formidável em minha
opinião, inteligente, gentil, responsável (virei fã rs). Que apesar de não
atender os telefonemas do pai, por diversas vezes o vemos admitir seu amor por
ele. A tensa questão ‘’pai gay’’ não o envergonha, ele apenas foi pego de
surpresa.
‘’Sua bicha – Deeks xinga. - Com uma onda de alivio, percebo que, apesar de não conseguir falar com ele, estou do lado do meu pai. Fico bravo por ele, quero defende-lo. Odeio esses idiotas que usam ‘’bicha’’ e ‘’gay’’ como insulto. E eles fazem isso o tempo todo’’
Mesmo sofrendo bullying na escola
ele tenta se erguer. Veja só sua lista de coisas a fazer:
1 – Beijar a garota (Estelle).
2 – Arrumar um emprego.
3 – Dar uma animada na mãe.
4 - Tentar não ser um nerd
completo.
5 – Falar com o pai quando ele
liga.
6 – Descobrir como ser bom e não
sair abandonado os outros por aí...
#Fofo! ^^
Para alcançar cada item dessa
lista ele vai passar por muitas situações cômicas, fofas, tristes... É uma
delicia presenciar suas pequenas vitórias e derrotas. Poder acompanhar seu
amadurecimento.
Uma personagem incrível é a mãe
de Dan, ela sofre um super baque ao se separar do seu marido/melhor amigo.
Mas apesar de triste ela tenta se
reerguer, e suas tentativas de boleira de casamentos são pra lá de engraçadas.
‘’Desprezada, mas forte’’, ela diz, ou ‘’com raiva, mas bola pra frente’’, ou ‘’magoada, mas não estou afim de vingança’’Pelo menos não a escuto chorar a noite.’’
Não tem como não torcer para ela
encontrar a felicidade, ela é uma mulher muito forte e boa.
Outro personagem fofo é seu
cachorro Howard, ele foi herdado junto com a casa, e acaba por se tornar um
grande amigo de Dan. Howard é inteligente, companheiro, tanto Dan quantos nós
leitores ficamos na duvida se ele não é meio humano dado sua esperteza. As
vezes como Dan diz, parece que ele Howard é o dono e não o cão.
‘’Ainda estou no nível iniciante de ‘’cachorrês’’ apesar de ele ser fluente em ‘’humanês’’. E não estou falando só de inglês. Ele consegue ler pensamentos. É irritante. ’’
Temos muitos outros personagens secundários
incríveis, igualmente interessantes, com falas divertidas e inteligentes.
A autora escreve de uma forma
dinâmica, com muita eloquência, mescla muito bem a parte ‘’pensamentos de Dan’’
com a ação e diálogos, o que não deixa o livro em hipótese alguma monótono.
Gradativamente vamos nos apaixonando por cada personagem.
Recomendo muito esse livro
principalmente por ele tratar de forma leve e bem humorada temas tensos, atuais
e preocupantes. Como homossexualismo paterno, separação dos pais, homofobia, bullying,
dentre tantos outros.
É uma leitura indicada para
qualquer idade, todas as pessoas podem tirar pequenas e grandes lições sobre a
vida nele. E na pior das hipóteses, tenha certeza que terá momentos de uma agradável
e divertida leitura.
A diagramação é como sempre ‘’um
brinco’’, capa mais que fofo, detalhes ornando com a história. Folhas
amareladas, letras de bom tamanho. Tudo em perfeita harmonia.
Dan tinha uma lista de seis
coisas ‘’impossíveis’’. Eu encontrei 10 coisas realmente impossíveis depois que li.
1 – Começar a leitura e não
querer devorar o livro rapidamente;
2 – Não terminar a história com
uma quedinha por Dan;
3 – Não adorar a mãe dele e
torcer para ela conseguir achar um caminho;
4 – Não amar o Howard;
5 – Não querer gritar para
Estelle ‘’namora o Dan!’’;
6 – Não terminar esse livro
colocando ele na listinha dos ‘’adorados 2013’’ para não dizer, favoritos;
7 – Não morrer de tanto rir com
as loucuras dos personagens;
8 – No fim do livro, olhar a capa
e ficar com um sorriso bobo no rosto por entender finalmente os símbolos
(principalmente a chave);
9 – Não recomendar muito depois;
10 – Reler no dia seguinte =)
Oi Nita,
ResponderExcluirEsse livro me pegou de surpresa. Eu não tinha muito interesse por ele, daí li a sinopse, o que me deixou um pouco curioso, dai pensei "vou ler o primeiro capítulo, quando vi já estava no décimo. Pausei o outro que eu tava lendo e imergi na leitura desse.
Fiquei extremamente encantado com a escrita da autora e com a personalidade do Dan. Impossível não amar o Howard e a Lou. Estou ansioso para ler o outro livro que traz a Lou novamente. ^^
Adorei sua resenha.
Beijos
Cooltural