[RESENHA] A Luz Através da Janela - Lucinda Riley



''O que você é deve-se a circunstâncias de nascimento; o que eu sou, sou por meus próprios méritos''


Emilie De Martinières é uma veterinária de 30 anos que mora sozinha em um apartamento na França. Vinda de uma das famílias mais tradicionais e importantes do pais ela tenta viver no anonimato. Com um triste passado de descaso e abandono pelos pais, ela tenta ser uma pessoa comum. 



Seu pai Édouard De La Martinières que já era um senhor de idade quando ela nasceu, apesar dele ser gentil e afetuoso, enquanto ela e a mãe passavam longas temporadas na casa de Paris ele vivia enclausurado em seu château no interior da França. Quado Emilie fez 14 anos ele veio a falecer.



Mas não pense que a história dele acaba por aí, Edouard tem um dos papeis mais importante dessa história, e junto de Emilie vamos descobrir a história dele, seu passado e sua importante porém sofrida participação na guerra contra Adolf Hitler na França á mais de cinquenta anos atrás.



Sua mãe Valérie era uma mulher muito elegante, que vivia nos rodeada de pessoas importantes nos grandes salões da França, ela adorava sua condição e posição social. Porém a última coisa de que ela se lembrava na sua grande lista de afazeres de socialite era sua filha.



''Emilie sabia que seu nascimento havia sido uma resposta relutante à necessidade de produzir um herdeiro para a linhagem dos De la Martinières. Uma exigência cumprida pelo senso do dever, não pelo desejo materno de gerar uma criança. Ao perceber que tinha uma “herdeira” nas mãos, o que era o menos desejável, Valérie ficou ainda mais desinteressada pelo papel de mãe''



O livro começa com Emilie no château por que sua mãe faleceu.


E eu, lamento...?
A pergunta surgiu clara na mente de Emilie. Voltou-se à cadeira 
e sentou-se, tentando encontrar respostas para as várias perguntas 
que essa morte lhe trazia, querendo somar e subtrair das colunas 
emocionais e encontrar uma sensação definitiva. Claro que isso era 
impossível. A mulher deitada de maneira tão patética, tão inofensiva 
agora, ainda era uma influência confusa e sempre traria o desconforto da complexidade. 
Valérie deu à luz uma filha, alimentou-a, vestiu-a e deu-lhe um 
lar de qualidade. Nunca chegou a lhe bater ou abusar. 
Simplesmente não notava sua existência. 
Valérie era uma pessoa, e Emilie esforçou-se para encontrar uma 
palavra para descrevê-la, desinteressada. E isso fez com que ela, no 
papel de filha, se tornasse invisível. 
Emilie estendeu a mão e a pousou sobre a de sua mãe. 
— Você não me via, mamãe... Não me enxergava.

Emilie é a última da linhagem dos  Martinières herdando tudo. Porém seu primeiro pensamento após o funeral de sua mãe é de vender tudo que a família lhe deixou e voltar a sua vida pacata de veterinária.

Mas depois de visitar o chatêau, e ver a coleção de livros do seu pai, ela começa a questionar o que poderia ser feito. 

Em um momento de muita vulnerabilidade ela conhece o charmoso e sedutor Sebastian Carruthers, um jovem que aparece do nada dizendo que sua vó conhecia a família de Emilie, querendo saber assim sobre o passado da sua avó. Com algumas surpresas do ''destino'' ele acaba sendo de muita ajuda para Emilie, ajudando  ela com as coisas de inventário etc.  Encantada com a simpática de Sebastian, confortada por seu apoio ela acaba se apaixonando por ele. Depois de poucos meses ele a pede em casamento. Ela sem nem pensar aceita, e o que prometia ser o começo de uma vida feliz, acabou se tornando um verdadeiro calvário.

A história vai ficando cada vez melhor, em  Blackmoor Hall na casa caindo aos pedaços do marido ela conhece o problemático e estranho irmão dele Alex, que por sinal se torna um dos meus personagens preferidos, ele é muito inteligente, sagaz, cheio de piadas com humor negro. E muito diferente do que Sebastian conta.

Em viagens até o chêteau para supervisionar as obras ela vai conhecendo a história de sua família contada por um antigo amigo e funcionário de seu pai Jacques. Descobrindo os laços que unem seu pai e a avó de Sebastian e Alex

Temos na verdade duas histórias sendo contada. A história de Emilie nos dias atuais e de seu pai e Connie avó de seu marido, nos tempos da guerra em meados de 1940 , uma história que vai explicar a vida dos Martinières.


''Conhecer seu passado é a chave para libertar seu futuro''

Esse livros é uma grande e emocionante aventura no tempo, onde vamos aprender que somente conhecendo seu passado, você pode conseguir seguir com seu futuro.

Só tenho uma reclamação, não entendi o que acontece com o filho de Jacques, Jean, deu a entender que ele gostava de Emilie fazia muito tempo, e que de certo modo ela retribuía o sentimento. O destino dele me pareceu incerto...

Adorei as narrações da época da guerra, pois foram usados muitos dados reais para ilustrar a história. São coisas que nos chocam. Preciso dizer se recomendo? =)

A capa, a fonte, está tudo perfeito!



Título: A Luz Através da Janela
Autora: Lucinda Riley 
Editora: Novo Conceito
ISBN: 978-85-8163-114-1 
Páginas: 544


Beijos
      Nita


5 comentários

  1. Ainda não li A Casa das Orquídeas, mas já vi muita gente dizendo que ficou encantada com a narrativa da autora. O que me atrai em A Luz Através da Janela é a história se passar na França e também o momento histórico. Saber que foram usadas informações reais da época deixa o livro com uma cara ainda mais interessante. Ainda não sei se lerei, vou começar com A Casa das Orquídeas e vamos ver se curto a autora!

    bjs
    livrolab.blogspot.com

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  2. Olá. Ainda não li esse livro, mas gostaria muito, a historia é muito interessante.
    Ainda não li nada dessa autora. E eu adorei a capa desse livro *-*

    Beijos, Andressa.

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  3. Livro fantástico, super recomendado. Autora inteligentíssima!!!

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  4. Eu li A Garota do Penhasco, As Sete Irmãs, Irmã da Tempestade e Irmã da Sombra e estou apaixonada pela autora.Pretendo ler todos os livros dela.

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  5. Estou lendo este livro e intercalando com o A casa das orquídeas no entanto sobre a Emilie acho ela uma personagem fraca estou me entretendo mais com a Connie pq gosto de protagonistas fortes

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