Quando Jack Morrow descobr Nastya Kashinikov foi privada daquilo que mais amava e perdeu sua voz e a própria identidade. Agora, dois anos e meio depois, ela se muda para outra cidade, determinada a manter seu passado em segredo e a não deixar ninguém se aproximar. Mas seus planos vão por água abaixo quando encontra um garoto que parece tão antissocial quanto ela. É como se Josh Bennett tivesse um capo de força ao seu redor. Ninguém se aproxima dele, e isso faz com que Nastya fique intrigada, inexplicavelmente atraída por ele. A história de Josh não é segredo para ninguém. Todas as pessoas que ele amou foram arrancadas prematuramente de sua vida. Agora, aos 17 anos, não restou ninguém. Quando o seu nome é sinônimo de morte, é natural que todos o deixem em paz. Todos menos seu melhor amigo e Nastya, que aos poucos vai se introduzindo em todos os aspectos de sua vida. À medida que a inegável atração entre os dois fica mais forte, Joshe começa a questionar se algum dia irá descobrir os segredos que Nastya esconde - ou se é isso mesmo que ele quer.
‘‘Uma história de força, amor,
perdão e segundas chances. Os dois protagonistas são incríveis e perfeitamente
imperfeitos’’ – Christy, Goodreads
Katja Millay, tem uma narrativa
própria e única, é impossível não se ver imerso no mundo criado por ela quando
se inicia a leitura e os personagens são tão bem construídos que é difícil acreditar
que são fictícios. Mar da Tranquilidade parece um filme, sabem, a leitura flui
de tal forma que conseguimos imaginar tudo o que nele é descrito de forma muito
clara.
Nastya resolve se mudar para uma
cidade onde ninguém a conhece e sabe do seu trágico passado e para tanto se
transforma, tanto fisicamente quanto nas atitudes, quem ela era antes morreu e
quem ela é agora não tem voz. Nastya é anti-social, mas mesmo assim acaba tendo
contato com certos personagens e pouco a pouco eles vão construindo uma relação
é assim com Josh, Drew e Clay.
A narrativa do ponto de vista da
Nastya é crua, sensível e por vezes até cruel. É uma personagem com uma bagagem
emocional gigante e é muito forte, ela perdeu aquilo que mais amava e todo dia
enfrenta limitações e ela tem tanta coisa reprimida que é doloroso e fascinante
ver pouco a pouco essa personagem recuperando a sua voz no mundo, a vontade de
viver e ver que ela percebe que ela merece, que tem direito a um recomeço, que
tudo que ela precisa fazer é se dar uma chance.
Josh, que também é narrador do
livro, é um garoto pacato que perdeu todas as pessoas que amou e por isso tem
medo de amar e de certa forma tem um campo de força que não permite que ninguém
se aproxime exceto o Drew, que é o seu melhor amigo. Nastya percebe esse campo
de força e fica intrigada com isso e se sente atraída por aquele garoto tão
talentoso, que sempre está sozinho e que já a ajudou.
Josh e Nastya formam um casal
delicado e forte, o que eles sentem surge gradativamente, nada de insta love.
Josh quer que a sua vida seja um livro aberto para ela, só que Nastya não está
pronta para deixar que seus monstros sejam libertados. Juntos os personagens
tiram forças do desconhecido, enfrentam muita coisa, ficam sem perspectivas,
recuperam a vontade de viver e quando tudo parece perdido dão uma chance ao que
vale a pena lutar, e isso pode ser libertador.
‘‘Não sei ao certo quanto tempo ficamos sentados na caminhonete de Josh, de mãos dadas, cercados pela escuridão e por arrependimentos silenciosos. Mas foi o suficiente para saber que vale mais a pena me agarrar à mão dele do que a quaisquer histórias ou segredos no mundo.’’
‘‘Pessoas que nunca passaram por merda nenhuma sempre acham que sabem como você deve reagir ao fato de sua vida ter sido destruída. E aqueles que passaram por situações complicadas acreditam que você deveria lidas com as dificuldades do mesmo jeito que elas. Como se existisse um roteiro preestabelecido para sobreviver ao inferno.’’
A narrativa é bem lenta, e vamos
pouco a pouco juntando como num quebra-cabeça as peças para conhecermos a
protagonista e a curiosidade em saber o que aconteceu com ela nos motiva a
virar as páginas para enfim descobrir o que houve, sem falar que tentamos
entender o porquê de atitudes tão esquisitas e comportamento autodestrutivo em
certos momentos.
‘‘Fiquei na terapia por tempo suficiente para entender que nada do que me aconteceu foi culpa minha. Não fiz nada para causar ou merecer aquilo Mas isso só piora tudo. Talvez eu não me sina culpada pelo que aconteceu, mas, quando nos dizem que algo foi completamente aleatório, também estão nos dizendo outra coisa: que nada que fizermos importa. Não faz diferença se fazemos tudo certo, se nos vestimos do jeito apropriado e agimos da maneira correta e seguimos todas as regras, porque o mal vai nos encontrar mesmo assim. O mal é muito engenhoso.’’
Eu acho a capa desse livro maravilhosa e acho que combinou bem, com o título e com a sinopse. Ainda não li, mas pretendo. Parece ser uma história muito boa e tocante. Está na minha lista de desejos e espero que saia dela logo, preciso ler. Beijos!
ResponderExcluirhttp://frases-perdidas.blogspot.com.br/
Oi, Andréia!
ResponderExcluirEssa é a primeira resenha que leio desse livro, não sabia que era assim. O que me chamou a atenção primeiro foi a capa, e sua opinião está fantástica! Gostaria muito de ler, agora que sei o que me espera. Parabéns, beijos!
Letícia Valle
Litteratura Mundi
Oi Leticia, espero que goste da leitura tanto quanto eu gostei!
ExcluirObrigada pela visita ;*