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O Rube nunca amou nenhuma delas. Nunca se importou com elas. Nem é preciso dizer que Rube e eu não somos muito parecidos em matéria de mulher. Cameron Wolfe é o caçula de três irmãos, e o mais quieto da família. Não é nada parecido com Steve, o irmão mais velho e astro do futebol, nem com Rube, o do meio, cheio de charme e coragem e que a cada semana está com uma garota nova. Cameron daria tudo para se aproximar de uma garota daquelas, para amá-la e tratá-la bem, e gosta especialmente da mais recente namorada de Rube, Octavia, com suas ideias brilhantes e olhos verde-mar. Cameron e Rube sempre foram leais um com o outro, mas isso é colocado à prova quando Cam se apaixona por Octavia. Mas por que alguém como ela se interessaria por um perdedor como ele? Octavia, porém, sabe que Cameron é mais interessante do que pensa. Talvez ele tenha algo a dizer, e talvez suas palavras mudem tudo: as vitórias, os amores, as derrotas, a família Wolfe e até ele mesmo.
A garota que eu quero
é o terceiro livro de uma série dos Irmãos
Wolfe, sendo os dois primeiros O
Azarão e Bom de Briga publicado
pela Bertrand Brasil do autor de “A
menina que roubava livros” Markus Suzak.
Não era um livro que estava desesperada para ler, até porque queria ler “ A
menina que roubava livros” antes e não foi possível, mas ainda assim, a leitura
me surpreendeu.
O livro nos narra a história de Cameron Wolfe, o mais novo de dois irmãos e uma irmã, e desses
irmãos um é mais próximo, Rube. Ele
é aquele tipo de cara bonito, forte e que fica com inúmeras garotas; Cameron não concorda com esse
comportamento do irmão, mas ignora naquela cumplicidade de irmãos. Até que um
dia, Rube leva pra casa uma garota
diferente das demais,Octavia, a garota
que fará Cameron tomar outras
atitudes na sua vida.
“E posso dizer isso porque, nos meus devaneios, as mãos da garota paravam sempre no meu coração.Todas as vezes. Eu dizia a mim mesmo que era ali que queria que ela me tocasse.”
Particularmente gosto de Cameron, e a forma como ele nos guia pela história. Ele é tão
tímido, introspectivo, apagado de certa forma, que tem atitudes totalmente
incomuns. E nisso tudo ele se torna diferente, especial. Ou talvez eu esteja me
apaixonando por protagonistas masculinos.
Os seus irmãos, Steve,
Rube e Sarah são bem diferentes e interessantes. Como conhecemos todos aos
olhos de Cameron é bem diferente e
logo fiquei curiosa para ler os outros livros e conhecer mais sobre seus
irmãos. Rube até que conhecemos bem,
à medida que é o irmão mais próximo de Cameron,
mas os outros te deixam curiosa.
Octavia também é
uma garota bem diferente, repleta de traumas, timidez, e uma bipolaridade
suave. Ela é diferente de muitas “mocinhas” que li, mas ainda assim adorável. É
muito interessante ver a forma como ela se relaciona com Cameron, o que me fez admirá-la ainda mais, ela utiliza as
diferenças dele para se tornar mais perto.
O romance aqui tem um tom de cumplicidade, de
companheirismo, o que me fez pensar em A
Culpa é das Estrelas. Talvez porque embora exista o contato físico, ele não
é o foco, existe o diálogo, o carinho, o sentimento perpetuando.
“ Eu sempre gostei de Octavia.”
Outro ponto bacana do livro,é a família que aqui tem um
grande destaque. Fazendo-me pensar que mais livros deveriam ter esse foco. O
mais instigante é a diferença entre todos os personagens e semelhanças entre
eles. Eles se reunindo e se socializando é muito divertido, e me fez rir.
O livro me conquistou, narrativa, personagens, cenário e uma
outra coisa: Cameron escreve seus pensamentos. Sou apaixonada por livros
onde o personagem escreve seus pensamentos, seja como for, poesia, diário, e
aqui, Cameron faz isso o que me fez amar ainda mais a ele e a leitura.
A narrativa é repleta de metáforas, poesias e claro aquela
mistura deliciosa. Às vezes a narrativa me lembrava John Green, em outras Regina
O’ Melveny a autora de O livro da
loucura e das curas, em outros momentos não me lembrava nada.E com isso, Markus Zusak entra na minha lista de narradores
favoritos e escritores também, pela sua forma de escrever poética e reflexiva.
“Acho que, quando alguém lhe conta uma coisa que costuma guardar, você se sente privilegiado, não por saber algo que ninguém sabe, mas por se sentir escolhido.”
A Intrínseca,
como sempre, foi incrível em sua capa e diagramação. A capa da um ar jovem que
remete ao protagonista, e a forma em que a história e a escrita do personagem é
demarcado é incrível. A fonte embora pequena, não cansa a vista o que me fez
engolir o livro.
A garota que eu quero
se mostrou um livro surpreendente, me fazendo pensar, engolir e desejar ler
muitas outras obras do autor.
Recomendo a toda pessoa que gostarem de narrativas mais
descritas e reflexivas, doces amores e surpresas...
“ Não adianta nada,depois que a pessoa morre.Isso é pra se fazer quando as pessoas estão juntas, ainda vivas.”
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