[Resenha] Lágrimas de Estrela – João Vitor S. Oliveira



| Autor: João Vitor S. Oliveira | Editora: Selo Jovem | Páginas: 120 | ISBN: 9788566701180 | Skoob | Comprar|

Annie McBeth nasceu em Alma, uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos. Era uma garota diferente do resto, tinha menos amigos e mais livros. Vivia com sua irmã e sua família, uma família que não a apoiava em nada. Annie se negava a ler livros de fantasia, os achava bobos, porém de tanto fugir da fantasia, a fantasia tomou conta de sua vida. Uma noite Annie e sua irmã presenciaram uma criatura diferente, uma criatura nunca vista antes, uma fada. A fada estava cansada e morreu logo em seguida, mas isto era apenas o começo. Annie e Lilla tentaram abafar tudo o que aconteceu naquela noite até que encontraram uma misteriosa mulher, que lhes entregou uma caixa, não uma simples caixa, era uma porta. A porta as levou para a fantástica realidade de Núnia, um lugar que ao mesmo tempo incrível, era devastado pelas forças do mal. A missão de Annie a partir deste ponto, era acabar com todo mal que possuía o local, antes que ele possuísse seu mundo. Skoob

Não vou falar do enredo já que o livro é curtinho e qualquer coisa que eu diga, que já não esteja na sinopse acima, pode vir a ser um grande spoiler. A história é muito interessante, e sinceramente, se fosse mais bem trabalhada pelo autor seria uma ótima fantasia, bem intensa por sinal e com fortes emoções. Tem guerra, traição, mágica, e um grande legado.

Não curto livros juvenis, mas amo uma boa fantasia e foi isso que me atraiu. A capa não chama muita atenção muito menos a espessura, fininho e parece frágil, tipo livro escolar. Gosto mesmo é de livros encorpados e com uma capa atraente. Mesmo assim o subtítulo "Quando os contos de fadas se tornam reais" foi um bom chamariz.
- As profecias se cumpriram! As estrelas estavam certas, você vieram escolhidas?! Mas quem é este que está atrás de vocês? – perguntou o velho.
- Meu nome é Keveus, Keveus Duvin, eu sou filho de Kayra, a estrela, e espero ser bem-vindo aqui – disse o homem que nos perseguia.
A personagem Annie McBeth é um tanto atrapalhada e fria, fiquei chocada com isso. Ela apronta feio umas duas ou mais vezes, e mesmo assim sai para continuar sua grande aventura como se nada tivesse acontecido. Fora o fato de que ela não acreditava em nada e de repente estava lá se esbaldando com um tridente como se fosse expert no assunto. Talvez se fosse mais explicado essa súbita afinidade dela com a arma e com a história, já que a mesma não se espanta com nada, seria mais legal.

É bem verdade que falta desenvolvimento no enredo e apresentação de novos personagens, que surgem aos montes do nada do mesmo jeito que somem. Mas dou um ponto a favor do autor que pela idade é um adolescente com imaginação bem fértil e hormônios a flor da pele. Imagino que exista a ansiedade de escrever algo tão legal quanto as muitas fantasias existentes por aí no mercado. Calma, sua hora vai chegar. Você tem talento e imaginação, basta exercitar mais e escrever muito.
“Não há revolução sem dor”
Com certeza é um livro escrito para o publico juvenil, mas tem muitos adultos que curtem esse gênero. Então não custa nada a editora ter um pouco mais de cuidado pois encontrei alguns erros ortográficos e problemas com tempos verbais que incomodam um pouco e atravancam a leitura. O livro atinge nossos futuros leitores, tais que se alimentarão do mercado editorial adulto daqui a alguns anos, então fica meu puxão de orelha.

O autor 
Nascido no dia 5 de outubro de 2000 em Telêmaco Borba/PR com apenas seis anos João Vitor dava seus primeiros passos no mundo literário, sempre mantendo preferência pelos livros de fantasia. Aos oito anos já participava de eventos literários e ganhou reconhecimento por seu envolvimento no mundo dos livros. Em 2011, decidiu criar seu próprio mundo de fantasia, dando início a saga “Lágrimas de Estrela” finalizado três anos depois.

3 comentários

  1. Gostei das dicas.
    Tanto para os leitores em potencial. Quanto para o autor.

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    1. Ao escrever essa resenha eu fiquei como um pouco de medo de ofender, mas acredito que críticas fazem parte de nosso caminhar, não é verdade Eve? um beijo e obrigada por sua visita tão linda...

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