Antes de começar a falar sobre nossa reunião gostaria de
explicar como funciona um clube do Livro.
Um clube do livro é um clube social onde pessoas normalmente se encontram para discutir sobre um livro que acabaram de ler, expressando suas opiniões, críticas, etc. Comumente, membros de clubes do livro encontram-se em suas casas, em livrarias, pubs, cafés, restaurantes, etc. Há também clubes do livro online. Wikipedia
No nosso caso utilizamos uma ferramenta muito comum atualmente, o Whatsapp. Formamos um clube e adicionamos os interessados que vieram de outras redes sociais como facebook e Instagram. Batizamos de Clube do livro L&R (Lendo e Relendo) e na reunião de terça-feira (29/07) éramos 19 membros.
Na primeira reunião escolhemos alguns livros de diversos
gêneros e abrimos uma votação. O livro mais votado e o primeiro a ser
trabalhado foi o “Jogador N1” do Ernest Cline. O prazo foi de uma semana para a
metade da leitura. Tínhamos que ler e analisar para que o debate tivesse início
na reunião seguinte.
Eu concluí a leitura antes do prazo, assim como outros
também conseguiram. Mas os que não tinham o livro, ou não tiveram muito tempo
livre, ainda continuaram lendo. Fato que não prejudicou a discussão.
Sinopse do Jogador N1 – Ernest ClineCinco estranhos e uma coisa em comum: a caça ao tesouro. Achar as pistas nesta guerra definirá o destino da humanidade. Em um futuro não muito distante, as pessoas abriram mão da vida real para viver em uma plataforma chamada Oasis. Neste mundo distópico, pistas são deixadas pelo criador do programa e quem achá-las herdará toda a sua fortuna. Como a maior parte da humanidade, o jovem Wade Watts escapa de sua miséria em Oasis. Mas ter achado a primeira pista para o tesouro deixou sua vida bastante complicada. De repente, parece que o mundo inteiro acompanha seus passos, e outros competidores se juntam à caçada. Só ele sabe onde encontrar as outras pistas: filmes, séries e músicas de uma época que o mundo era um bom lugar para viver. Para Wade, o que resta é vencer – pois esta é a única chance de sobrevivência. SKOOB
Começamos discutindo se o livro em questão seria ou não uma Distopia, afinal o enredo não apresentava um governo autoritário, e leis absurdas que limitavam a liberdade do cidadão como observado em outras distopias tão famosas.
Seria então a OASIS essa forma de controle em um mundo
tomado pelo caos e pela escassez de recursos?
Para mim aquilo é como uma droga utilizada e incentivada por uma sociedade que não tem nenhuma intenção de ter indivíduos questionadores. LUÍZA
E o caos? Vocês acreditam mesmo nesse futuro pessimista que cantam os livros de ficção científica? O fim dos recursos como uma praga mundial?
Eu vejo um mundo destruído e vejo o mundo da destruição sendo a salvação. RICARDO
Acho que os seres humanos vão regredir, e depois se renovar como um ciclo. Luta por água, é algo que vai acontecer. GABRIELA
Já vivemos esse caos (...) depende do ponto de vista de quem sofre esse caos. Tenho certeza que no imaginário das crianças da Faixa de Gaza o caos é pior que os dos livros. Tá feio a coisa por lá. KARINE
Com relação às considerações sobre o livro. O que acharam e se leriam novamente.
Eu gostei muito. Apesar de certas partes eu achar que precisavam ser mais desenvolvidas. (...) Se lerem procurando pela história realmente vai deixar a desejar... RICARDO
Outra parte bem legal da discussão foi o momento que passamos a falar das inúmeras referências sobre os anos 80. Esse livro é um guia para quem viveu nessa época tão geek. Jogos, Filmes, músicas, e muitos artistas interessantes e característicos da época. A Nostalgia foi geral. Amei esse momento. “Relembrar é viver”, como diziam antigamente.
Ainda tínhamos muito que falar do tema, mas deixamos para
uma próxima reunião, onde os outros membros terão oportunidade de expor seus
pontos de vista.
Foi uma experiência impar, que desejo repetir toda semana. Em
breve teremos nova meta de leitura e voltarei aqui para mostrar o que rolou por
lá.
Um agradecimento todo especial para o meu Clube lindo, que
me permitiu expor suas opiniões aqui para vocês.
Beijos Literários
Jádia Santos