| Autora: Teri Terry | Editora: Farol Literário | Páginas: 424 | ISBN: 9788582770351 | Skoob | Comprar |
Kyla não deveria se lembrar de nada quando foi reiniciada. Mas segredos do seu passado atormentam sua mente. Presa em uma luta contra a opressão dos lordeiros, e ansiando por liberdade, Kyla vê seu passado e presente colidir de uma forma que ameaça sua vida. Enquanto sua busca desesperada por Ben continua, em quem ela poderá confiar em um mundo repleto de segredos e mentiras?
Sem
fôlego pela segunda vez.
Isso
mesmo que vocês acabaram de ler. Kyla tem o dom de me deixar sem fôlego de uma
forma misteriosa. Posso afirmar isso sem nem ao menos pensar duas vezes.
Preciso realmente explicar? Kyla é uma daquelas personagens (que como eu citei
na resenha de Reiniciados), que deixa a gente com uma vontade enorme de dar um
abraço e dizer que tudo vai ficar bem. E ao contrário de outros personagens, eu
não tive raiva de Kyla, só acho que ela é “aquela personagem”.
Bom,
vamos retroceder um pouco e explicar algo básico. Kyla é uma reiniciada. Alguém
que recebeu uma segunda chance para recomeçar. Ela foi entregue a uma nova
família que deve cuidar dela até ela completar 21 anos, a idade da maturidade.
Kyla tem um Nivo, algo que achei demais no primeiro livro.
“A noite está cheia de perguntas. Como Tori escapou dos Lordeiros? Ela foi devolvida a eles: Bem descobriu isso com a mãe de Tori.”
Com
um chip em seu cérebro que deveria controlar seus passos, Kyla poderia morrer
somente ao tentar tirar seu Nivo do pulso. No primeiro livro, ela não consegue
tirar seu Nivo, mas por incrível que pareça, ele parece não funcionar. Quando
Kyla está triste, seu nivo deveria apontar níveis baixos, mas não, não importa
como Kyla esteja, seus níveis sempre estão altos. E isso é bom. Muito bom.
“Passos atrás de mim! Me viro, pronta para... Bem, pronta para qualquer coisa.”
Chega
um momento em que Kyla começa a lembrar de fragmentos
de sua memória. É como se fosse uma dupla personalidade. Ela não lembra
exatamente o que fez, mas sabe que fez. Entendem? E isso explica muito bem o
título do livro. Kyla está Fragmentada.
Fragmentada e treinada por Nico.
“— Venha.
Apenas uma palavra em voz baixa, e só. Esse Lordeiro eu não conheço; ele segue na frente e não olha para trás. Ele não tem dúvidas de que o seguirei. Até penso em correr, mas para quê? Eu o acompanho e apenas o mantenho à vista no meio dos alunos que mudam de sala.”
Podemos
perceber a principal mudança de Kyla para o segundo volume. O amadurecimento,
uma questão que eu admiro muito nos personagens, principalmente nos
protagonistas.
“O treinamento de Nico me tornou um perigo.”
Mais
uma vez, Teri contagia o leitor com a narrativa em primeira pessoa que nos
deixa mais próximos do personagem. É como se nós tivéssemos os mesmos
questionamentos da personagem. E isso chega a ser bem legal em alguns pontos.
“Meus joelhos tremem tanto que preciso parar e me recosto contra uma árvore. Olho para minhas mãos: que estrago elas causaram.”
Ao
decorrer das páginas, algo que também me surpreendeu foi a questão da confiança.
Kyla está em um mundo, onde não há pessoas em quem confiar. Até a pessoa mais
próxima pode ser seu pior inimigo.
Fragmentada
é, com toda a certeza, uma continuação de tirar o fôlego. Estou muito ansioso
para o terceiro volume e ver como a autora vai terminar esta história. Vale
cada linha gente, é um livro tão incrível que faz o leitor pensar se realmente
não é realidade, e não um universo distópico onde o leitor precisa controlar a
ânsia e conhecer ainda mais a sua realidade.
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