1. Seus livros fazem muito
sucesso no Brasil, onde você tem muitos fãs. Vê diferenças entre seus leitores
no Brasil, nos Estados Unidos e no resto do mundo?
Na verdade, não. Acho que
entre as pessoas nos Estados Unidos e no Brasil há muito mais semelhanças do
que diferenças e esse é um dos motivos pelos quais gosto de ir ao Brasil. Mas,
acima de tudo, escrevo romances que tratam de emoções humanas, que são
universais. Meus romances tratam de amor e esperança, perda e traição, medo e
alegria, felicidade e tristeza. Além disso, as histórias que escrevo poderiam
se passar em qualquer lugar; há pouca coisa que as ligue especificamente aos
Estados Unidos.
2. Qual é o segredo para cativar antigos leitores e atrair
novos a cada romance?
Acho que tudo se resume às histórias em si: faço o que
posso para escrever tramas interessantes, irresistíveis e originais das quais
pessoas de todas as idades possam gostar. Também faço o que posso para que as
histórias e os personagens pareçam reais. Nenhum dos meus personagens é
perfeito — todos têm defeitos, o que os torna verossímeis, e a maioria
simplesmente tenta fazer o melhor que pode na vida, dadas as circunstâncias que
estão enfrentando.
3. Você virá ao Brasil em agosto para lançar seu novo livro,
Uma longa jornada, ainda não publicado nos Estados Unidos, e para participar da
Bienal do Livro. O que espera dessa visita? Como foi o contato com seus
leitores em visitas anteriores ao nosso país?
Estou ansioso por rever meus fãs! Minha última visita ao Brasil foi
maravilhosa. As pessoas foram incríveis. O país é simplesmente lindo e
acolhedor.
4. Seus romances sempre
apresentam um novo tema — elementos sobrenaturais, violência doméstica,
religião. Qual será o novo elemento em Uma longa jornada?
Uma longa jornada contém vários elementos
novos: para começar, conta duas histórias de amor. Uma é a de Ira e Ruth. A
segunda é de Luke e Sophia. Durante um longo tempo o leitor não tem a menor
ideia de como as histórias se entrelaçarão. Além disso, Ira e Ruth são judeus,
o que é novo para mim, e Uma longa jornada também discute o mundo dos rodeios e
da montaria em touros. Finalmente, esse é um romance com um fim surpreendente,
e embora eu tenha feito isso antes, nunca o fiz dessa maneira e espero que os
leitores gostem.
5. Como você encontra
inspiração para escrever seus livros? Faz muita pesquisa, traz para eles
elementos de personagens e situações da vida real ou é tudo fruto da sua
imaginação?
A inspiração pode vir de
muitos lugares diferentes — acontecimentos da sua vida ou dos quais você ouviu
falar, experiências de amigos, de leitores. No final das contas, a história tem
de interessar ao leitor, e a originalidade é parte disso. Quanto à pesquisa,
faço muita pela internet, mas, se preciso, visito áreas ou falo com pessoas que
conhecem o tema pelo qual estou interessado.
6. Os personagens principais em seus livros geralmente são homens:
cavalheiros de verdade ou príncipes encantados. Esse tipo de homem ainda existe
no mundo de hoje ou é uma espécie em extinção? Você se considera um cavalheiro
à moda antiga, um dos últimos românticos?
Os homens em meus romances, embora tenham defeitos, costumam ser pessoas
boas e, mais do que isso, quando conhecem a mulher certa a amam profundamente.
Acho que homens assim de fato existem, mesmo que às vezes pareça difícil de
encontrá-los. Quanto a mim, sou o tipo de homem que ama uma mulher para
sempre... e não sei se isso me torna um cavalheiro à moda antiga ou um romântico.
7. Muitos dos seus livros foram adaptados
para o cinema. Você participa da adaptação do roteiro? Normalmente assiste aos
filmes quando são lançados? Tem um favorito?
Sim, eu me envolvo muito em todas as etapas, do desenvolvimento do
roteiro à escolha do diretor, do elenco, etc. Vou até ao set de filmagens. E
sim, assisto aos filmes, não só nas pré-estreias, mas também com minha família
no cinema. E quanto à minha adaptação favorita, não posso escolher uma, porque
para mim todas são incrivelmente bem feitas. Ainda assim, acho que a que tem
mais chances de se tornar um clássico é Diário de uma paixão.
8. Você usou nomes de seus filhos em
personagens de seus livros. Como eles reagiram a isso?
Eles adoraram! E é claro que também agradeço
a meus filhos em todos os livros, por isso, tecnicamente, estão em todos.
Que lindo! Que respostas fofas... Um homem que ama para sempre. Ele só pode querer nos matar com essa declaração! ^^